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Origem do Chimarrão

 

A ORIGEM DO CHIMARRÃO

O Chimarrão é um legado do índio Guarani.

Sempre presente no dia-a-dia, o chimarrão constituiu-se na bebida típica do Rio Grande do Sul, ou seja, na tradição representativa do nosso pago. Também conhecido como mate amargo, como bebida preferida pelo gaúcho, constitui-se no símbolo da hospitalidade e da amizade do gaúcho. É o mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia e sorvido através de uma bomba. É a bebida proveniente da infusão da erva-mate, planta nativa das matas sul-americanas, inclusive no Rio Grande do Sul.

O homem branco, ao chegar no pago gaúcho, encontrou o índio guarani tomando o CAA, em porongo, sorvendo o CAÁ-Y, através do TACUAPI.

Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.

O mate é a voz quíchua, que designa a cuia, isto é, o recipiente para a infusão do mate. Atualmente, por extensão, passou a designar o conjunto da cuia, erva-mate e bomba, isto é, o mate pronto.

O homem do campo passou o hábito para a cidade, até consagrá-lo regional. O Chimarrão é um hábito, uma tradição, uma espécie de resistência cultural espontânea. Os avios ou os apetrechos do mate constituem o conjunto de utensílios usados para fazer o mate. Os avios do mate são fundamentalmente a cuia e a bomba.

 

Chimarrão      

Segundo Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes, no seu "Dicionário de Regionalismos do Rio Grande do Sul" chimarrão é "mate cevado sem açúcar, preparado em uma cuia ou cabaça e sorvido através de um tubo metálico, com um ralo na extremidade inferior, ao qual se dá o nome de bomba".
      Muito antes da descoberta da América, na região onde hoje é o Paraguai, os nativos faziam uso de uma infusão de folhas e caules de uma árvore não muito alta, a "Ilex paraguaiensis", a erva-mate. Em vez de água quente, usavam água fria, e chamavam de "tereré". Desde as primeiras notícias dos hábitos dos nativos sul-americanos até os relatos históricos de suas lutas, revoluções e guerras, o chimarrão sempre se fez presente. Descrito por historiadores e cronistas da época, até cantado pelos poetas e compositores do passado e do presente, o chimarrão serve de tema para uma verdadeira biblioteca.
      A erva-mate, feita da folha moída e dessecada da "Ilex paraguaiensis", contém grande quantidade de cafeína, mais do que o próprio café e o guaraná. Por ter acentuada ação estimulante cortical, produz certo grau de excitação que estimula ao trabalho. Devido a isso, o chimarrão não deve ser tomado à noite, pois pode causar insônia. Além da ação estimulante da cafeína, o chimarrão provoca um aumento do peristaltismo intestinal, agindo como suave laxante. Tomado de madrugada, faz o papel de um regulador intestinal, altamente desejável num tipo de pessoa, como é o sul-rio-grandense, essencialmente carnívoro, com dietas paupérrimas em vegetais.

 

Tereré

      Usado no Paraguai, Mato Grosso e vizinhanças, é um bom substituto do chimarrão nos dias muito quentes. Para seu preparo, utilize o mesmo material e sistema do chimarrão. Em lugar de água quente, empregue água comum, ou melhor ainda, água gelada. E até mesmo com gotas de limão e um pouco de açúcar, se preferir.
      Encha uma garrafa térmica com gelo picado ou cortado e complete com água, cuidando para mantê-la um pouco inclinada, evitando que a queda do gelo venha a quebrar a ampola da garrafa.
      Deixe a água parar um pouco na cuia, antes de sorvê-la. Assim assimila melhor o gosto de sua Erva Mate.